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quinta-feira, 9 de setembro de 2010

Cada povo tem o governo que merece...

Está ficando cada dia mais intolerável assistir os noticiários. A cada dia que passa vejo mais violência, mais casos de pedofilia, mais descaso com a saúde, as drogas tomando conta e, por mais irônico que possa parecer, duas vezes por dia ainda tenho que ouvir os candidatos políticos dizendo que tudo melhorou...como assim!?
Será possível que o povo brasileiro se permita ser tão facilmente ludibriado?!
Não vejo as pessoas debaterem de fato temas de fundamental relevância como o combate a violência contra a mulher, porque a lei MAria da Penha existe, mas está longe de funcionar satisfatoriamente, os casos de Pedofilia só aumentam e as punições existentes são quase um incentivo a essa prática dantesca, o avanço no consumo de drogas ameaça a família e a sociedade de forma mortal e esses não tem sido os focos das eleições.É tudo demagogia!!!
O critério do povo brasileiro é tão simplório que basta assistir a propaganda eleitoral para ver que os próprios candidatos zombam do Brasil com propagandas cômicas que em nada combinam com a seriedade do cargo a que pretendem.
O pior é que o povo gosta é disso aí...dar risada, fazer piada de política, e dos políticos, até parece que temos tantos motivos assim pra sorrir, será que somos um povo tão alienado?
No final das contas, passadas as eleições e retomado o cotidiano trágico, violento e, por que não dizer, caótico no qual nos encontramos voltaremos a ouvir gente atirando pedra nos políticos...com que direito?
O povo brasileiro merece a violência, o descaso , o desrespeito e tantas outras coisas que o afligem, afinal de contas, quando se tem a chance de fazer alguma coisa é mais fácil fazer piada e continuar votando em quem está dando o peixe e não ensinando a pescar...e vamos lá...mais 4 anos das bolsas isso, bolsas aquilo...
Bem dizia Ferreira Gullar

O preço do feijão
não cabe no poema. O preço
do arroz
não cabe no poema.
Não cabem no poema o gás
a luz o telefone
a sonegação
do leite
da carne
do açúcar
do pão

O funcionário público
não cabe no poema
com seu salário de fome
sua vida fechada
em arquivos.
Como não cabe no poema
o operário
que esmerila seu dia de aço
e carvão
nas oficinas escuras

- porque o poema, senhores,
está fechado:
"não há vagas"

Só cabe no poema
o homem sem estômago
a mulher de nuvens
a fruta sem preço

O poema, senhores,
não fede
nem cheira


Mas o voto, esse sim, esse voto fétido, inconsciente, ignorante e ineficiente fede, e, o pior, continuará fedendo pelos próximos quatro anos!!!

É isso!

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