De acordo com pesquisa do Ministério da Saúde, 15,9 é a idade média da população feminina que engravida no Brasil. Segundo a Opas (Organização Pan-Americana da Saúde), a América Latina registra anualmente 54 mil nascimentos com mães menores de 15 anos e 2 milhões com idades entre 15 e 19 anos. No mundo, um terço das 205 milhões de gravidezes que acontecem todo ano não são planejadas.(http://www1.folha.uol.com.br/folhateen acesso em 23 de set. de 2010)
Diante desses números alarmantes, mais de 70 países da Europa, Ásia e América Latina se mobilizam para promover o Dia Mundial da Prevenção da Gravidez na Adolescência, realizado pelo quarto ano consecutivo em 26 de setembro. O tema deste ano é "Sua Vida Sua Responsabilidade".
Em plena era da internet, com todo tipo de informação a disposição, as adolescentes continuam sendo reprovadas no quesito prevenção quando o assunto é gravidez na adolescência.
Há 20, 30 anos até dava pra alegar pouco acesso a meios contraceptivos e a informação adequada sobre o tema, porém, hoje, com tanta informação rolando solta na rede como é possível um número tão elevado de adolescentes engravidando?
A grande verdade é que o processo de sexualização precoce é notadamente observado entre jovens que, sem uma condição familiar que as possibilite um diálogo franco e aberto sobre o assunto se perdem em relacionamentos, muitas vezes incentivados pela própria família, quando ainda não estão preparadas para isso.
É tido como normal meninas cada vez mais novas começarem a namorar sem estar prontas para acender o sinal vermelho na hora certa ou lançar mão dos métodos de prevenção disponíveis no mercado.
A necessidade de inserção no grupo faz com que meninas ( e meninos) comecem a namorar ou 'ficar' muito cedo e, daí para a maternidade é um pulo. Não dá pra achar bonitinho e tapar os olhos para a série de apertos que a menina vai passar como consequência de uma gravidez indesejada.
O ritmo de vida muda, trocar fraldas, acordar de madrugada (quando dá pra dormir), estudar e muitar vezes ter que trabalhar pra sustentar o filhote são só alguns dos tantos desafios que a jovem mão tem que enfrentar.Digo especialmente às meninas pois na meioria dos casos cabe a elas o papel de criar a criança.
Ah! mas vale a pena lembrar que como não dá pra fazer filho sozinho, o menino no mínimo ficará com a responsabilidade da pensão, sob pena de ir para a cadeia! E se ele não puder pagar caberá a seus pais arcar com as despesas da criança.
É muita responsabilidade para as costas de quem mal deixou de ter espinhas ( pra não dizer de usar fraldas)! Ou é por ignorância, o que eu particularmente acho difícil, pois por mais pobre que seja a maioria desses jovens, eles têm acesso, no mínimo, a televisão que, de tempos em tempos, retoma o tema; ou será que é por pura burrice, afinal de contas essa história de que "não, isso não vai acontecer comigo , não!?" ou então "mas se eu pedir pra ele usar camisinha o que ele vai pensar!?"... Poupe meus ouvidinhos dessa ladainha!Primeiro porque uma hora acontece sim, prova disso são os números no início do post e de mais a mais todo mundo conhece alguém que acabou engravidando e outra coisa, essa história de se preocupar com o que o namoradinho ou ficante vai pensar é o cúmulo da estupidez. Pensa assim: se você está com medo da reação dele na hora de usar o preservativo, como você acha que ele vai reagir se você tivesse que contar que está grávida?!
Não dá pra tapar o sol com a peneira ou ficar jogando confete não! O assunto é sério e precisa ser discutido em casa com os pais, na escola ou mesmo com o namorado, até porque no final das contas uma gravidez indesejada afeta toda a família e não apenas a adolescente, portanto é sim um problema para ser debatido de forma clara, prática e verdadeira sem rodeios, tabus ou falsos moralismos.
Fiquem espertas!
"Não despertem o amor até que este o queira..."
Beijos da Tia...
Tia Joyce s2s2 Bjs Lucas Oliveira ...
ResponderExcluir